Várias doenças oculares interferem no funcionamento das células fotorreceptoras da retina ou no nervo óptico, alterando a percepção das cores, a sensibilidade ao contraste e a acuidade visual.

Os filtros medicinais são colorações de altíssima precisão, que impedem a chegada de determinadas partes do espectro ao olho, melhorando assim o conforto e contraste visual do paciente.

Existem diversos filtros medicinais disponíveis, cada um com sua função específica de impedimento da passagem de uma determinada porção do espectro.

A escolha da cor e do tom do filtro específico para a necessidade visual é feita através de uma análise subjetiva, onde o paciente experimenta os filtros em diversas condições de luminosidade, onde ele próprio irá escolher cor e tom ideais entre as amostras pré-selecionadas pelo oftalmologista. Muitos pacientes necessitam de diferentes óculos de filtros especiais para diferentes condições de iluminação.

Espectro visível é a porção do espectro eletromagnético cuja radiação é composta por fótons capazes de sensibilizar o olho humano de uma pessoa normal. Denomina-se esta faixa de radiação de luz visível, ou simplesmente luz.

A faixa visível do espectro eletromagnético é delimitada junto à mais baixa frequência opticamente estimulante - percebida como vermelha (radiação infravermelha), e pelo lado da mais alta frequência perceptível - entendida como violeta (radiação ultravioleta).

 

A retina é a camada do olho sensível à luz, como um filme da máquina de retrato. Quando uma imagem é refletida na retina, inicia-se uma cascata de eventos químicos e elétricos, formando impulsos elétricos que são levados pelo nervo óptico até o cérebro.

O espectro visual varia muito de uma espécie animal para a outra. Mesmo entre os humanos pode haver grandes variações quanto aos detalhes da faixa percebida. Através de exames clínicos, podemos observar que algumas pessoas são mais sensíveis a determinadas faixas deste espectro, ocasionando desconforto e perda de contraste visual.

Com a ajuda dos resultados dos modelos, Schmeder e McPherson desenvolveram uma lente que filtra certos fragmentos do espectro eletromagnético; regiões que correspondem à áreas de alta sensibilidade dos cones M, L e C. “Nós removemos certos comprimentos de onda que correspondem à região com maior sobreposição de sensibilidade”, disse Schmeder. “Ao fazer isso, nós estamos criando uma barreira entre esses dois canais de informação.”

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A resposta dos cones vermelhos, verdes e azuis, com as áreas em cinza indicando as regiões “filtradas” pelos óculos EnChroma. Crédito: EnChroma